O Que Acontecia No “jantar De Pais”?

O Que Acontecia No "jantar De Pais"? 1

Uma noite no fim de junho, um menino foi passear com tua mãe. Chovem estrelas cadentes. A guria pega uma e a leva as palmas das mãos. Chega em sua casa, a deposita sobre a mesa e a aprisiona dentro de um copo posto ao infortúnio. Pela manhã, ao suspender-se, deixa escapulir um grito de horror: nós, Segundo o próprio Dalí em Diário de um gênio, pág.

Na minha prática diária, de forma progressiva, fui adquirindo a convicção de que as vivências de aniquilação emocional desempenham um papel muito sério no desenvolvimento da psicopatologia dos meus pacientes. Os escritos autobiográficos de Dalí com tuas auto-interpretações psicoanalíticas), tal como tuas pinturas, me pareceu um ótimo meio para o estudo nesse tipo de vivências de aniquilação emocional. 1/ Dalí nasceu em 1904, nove meses e dez dias depois da morte de teu irmão.

Este irmão tinha morrido com a idade de vinte e um meses, vítima, segundo consta em teu atestado de óbito, de um “catarro gastro entérico infeccioso”. Ao nascer, lhe puseram Salvador, o mesmo nome do irmão morto. Esse episódio deu recinto a numerosas interpretações psicoanalíticas, tanto por fração do mesmo Dali, como de diversos psicólogos que estudaram o tópico. Por minha quota, eu, como psicanalista, tive a ocasião de tratar de modo muito duradoura, dois pacientes que nasceram em situações similares. Neste trabalho citá-lo-ei somente a um deles. Ambos sofreram intensas angústias de morte.

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No início, utilizamos o perturbado conceito psicanalítico de que se haviam identificado com o irmão falecido como uma forma, visto a partir de agora, bastante precária, de tentar esclarecer tuas assustadoras experiências de morte. Esta é a mesma hipótese que o psicanalista francês Pierre Roumeguère, descreveu-lhe a Dali, e ele estava feliz de poder ter essa explicação. 2/ Em segundo território me interessou muito que Ian Gibson (1997) centrara tua biografia de Dalí no admiração de desonra, assim como se localiza explicitamente expresso no título da versão original inglesa: The Shameful Life of Salvador Dalí.

causou-Me muita impressão que, paralelamente aos desenvolvimentos psicoanalíticos contemporâneos em que o adoração de humilhação ocupa cada vez mais um território mais central, o biógrafo Gibson chegasse a uma conclusão idêntico em sua biografia de Dalí. Gibson, em sua introdução à versão portuguesa, esclarece que a tradução literal do título teria que ter sido A vida cheia de humilhação, de Salvador Dali. Espero poder sobressair no decorrer deste serviço a gravidade central do afeto de humilhação como acompanhamento das vivências aniquilação e da morte emocional.

3/ Finalmente constatei que pra Dalí foi de uma enorme importancia da leitura, desde muito jovem, das traduções espanholas dos escritos de Freud. As teorias freudianas ajudaram enormemente a Dali pra validar as vergonhosas vivências que tinha de si mesmo e de tua sexualidade. Mas, por não ter Freud construída uma hipótese a respeito da desgraça, este estima central na história de Dalí ficou sem sondar. Quero terminar esta introdução, enfatizando uma questão que para mim é muito interessante: este artigo não pretende “explicar” a personalidade de Dali, nem ao menos muito menos a sua obra artística. Desejo somente usar as vivências de vergonha e aniquilação que aparecem nos escritos e pinturas de Dalí pra propor a forma que eu tenho de tentar explicar as origens relacionais destas vivências.

Algumas das especulações que vou utilizar não podem ser confirmados nem desconfirmadas o único que poderia fazê-lo: o respectivo Dalí. Portanto, as hipóteses que desenvolvimento abaixo são apenas uma maneira de apresentar um tipo de aproximação aos pacientes que, em minha prática, me foi vantajoso. Na seguinte citação, desejamos constatar que parecia anão próximo a algumas moças, desajeitado, sem potência. Olhou pros outros cheios de energia e vida. “Por volta de minha paciência silêncio, com as algumas gurias, batia, possuídos por um frenesi constante turbulência. No outro pólo, na realidade! É enternecedor ver de perto esse Dalí garota, para que pessoas o acessível acontecimento de pegar a blusa na cabeça, se torna um perigo de morte.

E tudo isto em contraste com a vitalidade, frescor e segurança do ambiente que o rodeava. Para contrariar os seus sentimentos de inferioridade começou a cultivar a tua auto-imagem de extravagante: é dizer, começou a ficar muito pendente da imagem que dava aos outros. Igualmente escrevi em outro recinto (Riera 2001), o narcisista não se olha ao espelho enamorado de si mesmo, entretanto que o faz pra controlar a imagem que lhe interessa conceder aos outros. “O que latejante magia, poder escapar da sala de jantar paternal e lançar-se loucamente escada acima até o terraço da residência e, chegado lá, fechar a porta atrás de mim e constatar-me invulnerável e protegido no abrigo total de minha solidão! O que acontecia no “jantar paternal”?